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Conheça Marina, a confeiteira que está surpreendendo e encantando com sua Sá Marina

Conheça Marina, a confeiteira que está surpreendendo e encantando com sua Sá Marina

Marina Mendes, nascida em Vitória da Conquista, Bahia, está reinventando a confeitaria com sua Sá Marina, um atelier que combina técnicas da pâtisserie francesa com sabores brasileiros. Radicada em Belo Horizonte, suas criações estão ultrapassando as montanhas de Minas.

 

A trajetória de Marina não foi convencional: formada em Direito, ela se apaixonou pela confeitaria durante uma temporada que morou na Europa e decidiu seguir essa paixão, mesmo contra as expectativas familiares.

 

A transformação de uma advogada em confeiteira

Tudo começou em uma passagem por Paris, que, inicialmente, não fazia parte dos seus planos. Quando o vulcão Eyjafjallajökull entrou em erupção em 2010, forçando uma parada inesperada na capital francesa, Marina se deparou com o que ela chama de uma “paixão arrebatadora” pela confeitaria. As vitrines de doces em Paris encantaram a baiana, que viajou por toda a Europa se inspirando e aprendendo sobre o universo da confeitaria. O sonho ganhou força com cursos e estágios, incluindo um com os renomados chefs Émilie Bertrand e  Guillaume Momboisse.

 

Sá Marina: Um ateliê franco-tupiniquim

O atelier Sá Marina nasceu com a proposta de trazer técnicas francesas e temperá-las com ingredientes brasileiros, formando o que Marina chama de “pâtisserie tupiniquim”. No menu, ela combina receitas clássicas como o entremet e a massa choux com sabores brasileiros como cupuaçu, pequi, jatobá, cumaru, castanha-do-Pará e cajá. Um dos destaques é a torta de cupuaçu com castanha-do-Pará, que traz a acidez do cupuaçu combinada à crocância da castanha e ao clássico pâté sucrée de amêndoas.

 

Outro exemplo é o entremet de café, uma homenagem ao pai de Marina, que possuía uma fazenda de café na Bahia. Com camadas de crocante, caramelo e ganache, a sobremesa é uma celebração da tradição familiar.

 

Uma confeitaria feita à mão e com afeto

Marina produz todas as sobremesas artesanalmente em sua cozinha no Bairro Santo Antônio, BH. Por questões de qualidade e exclusividade, a produção é limitada, com doces vendidos apenas sob encomenda. Diferente de outras pâtisseries, o ateliê não tem um espaço para consumo local; Marina prefere que os clientes levem os doces para apreciar em casa ou em espaços públicos. Les Bijoux Gourmands do Sá Marina são escolhidos com frequência como opçóes de presentes.

 

Cada sobremesa é acompanhada de um cartão feito à mão por ela, que explica a composição e sugere a melhor forma de degustar. Ela também incentiva seus clientes a se lambuzarem e a comerem com as mãos, criando uma experiência mais sensorial.

 

Arte e confeitaria em harmonia

Com uma paixão que transborda para outras formas de arte, Marina busca sempre unir a confeitaria à estética, à música e à poesia. Desde as fotos até as embalagens, tudo é pensado para ser uma experiência visual e sensorial completa. Inspirada por grandes nomes da gastronomia como Marie-Antoine Carême, considerado o pai da alta confeitaria, Marina sonha em elevar o nível da confeitaria no Brasil, mostrando que é possível trabalhar com ingredientes locais de forma inovadora.

 

Marina aposta na conversa entre as artes e utiliza técnicas da aquarela e cerâmica para as suas criações.

 

A confeiteira que faz o Brasil se deliciar

Com um trabalho que une técnica francesa, tempero brasileiro e uma sensibilidade artística ímpar, Marina Mendes e sua Sá Marina estão conquistando um público que busca doces únicos e cheios de personalidade. Sempre exigente, Marina refina cada receita até atingir a perfeição, chamando suas criações de “bijoux”, em referência às joias preciosas que seus doces representam.

 

Ipês Amarelos

Sua mais recente criação é uma verdadeira obra de arte: um ipê amarelo todo feito de chocolate. O doce é uma homenagem aos ipês, árvores que são símbolo de Belo Horizonte.

 

A criação reflete o estilo inovador de Marina, que se aventurou pela primeira vez na técnica de aquarela aplicada ao chocolate. “Levou muito tempo e nunca acerto de primeira, mas o processo é uma arte por si só”, confessa a chef, que afirma ter aprendido muito com essa experiência.

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