Eleições nos EUA: Polarização e Economia Marcam a Escolha do Próximo Presidente
Mais de 244 milhões de americanos se dirigem às urnas nesta terça-feira, 5 de novembro, para decidir o próximo presidente em uma das eleições mais disputadas e divisivas da história dos Estados Unidos. O país vive um período de intenso conflito ideológico, marcado por uma divisão profunda entre conservadores e progressistas, com reflexos em questões que vão desde a economia até os direitos sociais e reprodutivos.
Nos últimos anos, uma onda de conservadorismo tem ganhado força nos Estados Unidos, moldando o cenário político e trazendo temas sensíveis ao centro do debate. A questão da imigração, especialmente na fronteira com o México, tornou-se um dos principais focos das discussões. Políticas de controle mais rígidas vêm sendo defendidas pela ala mais à direita, que expressa receios quanto ao impacto da imigração ilegal. Esta visão é amplamente difundida entre apoiadores de Donald Trump, que criticam duramente a entrada de imigrantes, alimentando ainda a circulação de informações imprecisas sobre os efeitos econômicos e sociais da imigração.
Outro tema de grande repercussão é a economia. Apesar de dados recentes do Sistema de Reserva Federal dos EUA (FED) apontarem para um aumento da inflação, muitos cidadãos ainda sentem o peso de uma recuperação econômica lenta. De acordo com uma pesquisa da YouGov, mais de 40% dos americanos acreditam que o país enfrenta o risco de um colapso econômico completo, sinalizando uma desconfiança generalizada em relação ao futuro financeiro do país.
No entanto, ao contrário do Brasil, vencer o voto popular não garante a presidência nos Estados Unidos. Para conquistar o cargo, o candidato deve obter a maioria no Colégio Eleitoral, que conta com 538 delegados distribuídos entre os estados. Essa configuração única torna o processo eleitoral americano especialmente estratégico, exigindo que os candidatos ganhem em estados-chave para alcançar a vitória definitiva.
