Inflação médica e crise da sinistralidade: desafios para o sistema de saúde suplementar
*Por Fabiana Almeida
O sistema de saúde suplementar brasileiro enfrenta um momento turbulento. A inflação médica, que aumenta a preços dos serviços e produtos de saúde, somada à crise da sinistralidade, que eleva os custos dos planos de saúde, colocam em risco a sustentabilidade do sistema e impactam diretamente os beneficiários.
A inflação médica supera a inflação geral do país, impulsionada por diversos fatores. O envelhecimento da população, por exemplo, aumenta a demanda por serviços de saúde, especialmente os mais complexos e caros. Já os avanços tecnológicos, embora tragam benefícios, geralmente são mais custosos. Os custos hospitalares e os preços dos medicamentos também sobem constantemente, pressionando os planos de saúde.
A crise da sinistralidade surge quando a relação entre os custos com sinistros (pagamentos por serviços de saúde) e os prêmios recebidos pelos planos de saúde se torna insustentável. Essa situação é agravada pelo aumento da utilização dos serviços de saúde, impulsionado pelo envelhecimento da população e pela maior prevalência de doenças crônicas. Fraudes e mau uso dos planos, como a realização de exames desnecessários, também contribuem para o problema.
Para enfrentar esses desafios, o cuidado coordenado surge como uma solução promissora. Essa abordagem visa otimizar a gestão da saúde dos beneficiários, focando na prevenção de doenças, na promoção da saúde e na gestão eficiente dos casos crônicos. O cuidado coordenado pode levar a uma melhor qualidade do cuidado prestado aos pacientes, com melhores resultados de saúde e maior satisfação. Além disso, a gestão eficiente dos casos crônicos e a prevenção de doenças podem levar à redução dos custos com saúde, garantindo a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar.
A busca por soluções inovadoras e eficientes para os desafios da inflação médica e da crise da sinistralidade é fundamental para garantir a qualidade do atendimento e a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar no Brasil. O cuidado coordenado surge como uma alternativa promissora para enfrentar esses desafios e garantir o acesso a um cuidado de saúde de qualidade para todos os beneficiários.
*Fabiana Almeida é CEO e Fundadora da TechBalance, startup focada na prevenção de quedas e lesões por meio da tecnologia
Sobre a TechBalance
A TechBalance é uma gestora de pacientes que avalia e monitora a saúde física e motora para uma vida longa e ativa. A empresa acredita que a prevenção é a maneira mais eficiente de cuidar das pessoas e com a sua tecnologia busca refletir isso ao prevenir riscos e economizar recursos de empresas das áreas de saúde e de esportes.
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