Líderes globais se reúnem no Rio de Janeiro para a Cúpula do G20
Encontro destaca combate à fome, sustentabilidade e reforma da governança global como prioridades
A Cúpula do G20 começou nesta segunda-feira (18), no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, reunindo chefes de Estado e representantes de 40 países, além de 15 organismos internacionais. Entre os líderes presentes estão o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping, que se uniram aos debates para discutir os desafios globais mais urgentes.
O G20 é uma plataforma de cooperação internacional formada por 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia, tendo incorporado recentemente a União Africana como membro pleno. Criado em 1999, o grupo busca promover estabilidade financeira e progresso econômico global. Neste ano, sob a presidência do Brasil, as prioridades foram estabelecidas em torno do combate à fome e à pobreza, sustentabilidade e mudanças climáticas, além da reforma da governança global para ampliar a representatividade de países emergentes em organizações internacionais, como a ONU.
O encontro também aborda temas sensíveis, como tributação de grandes fortunas, igualdade de gênero, e conflitos globais. Embora os negociadores brasileiros tenham conseguido avançar em um texto preliminar, questões como a guerra na Ucrânia e emergências climáticas ainda apresentam desafios para um consenso.
A declaração final, que será assinada na terça-feira (19), inclui a inédita menção à taxação de super-ricos, apesar da oposição de alguns membros, como a Argentina. O documento, moldado por reuniões ao longo do ano, reflete o esforço global para alinhar interesses diversos em prol de soluções conjuntas.
Além dos debates, a cúpula conta com uma programação robusta, incluindo o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e sessões dedicadas à reforma de instituições globais e à transição energética. A cerimônia de encerramento será marcada pela transmissão oficial da presidência do G20 do Brasil para a África do Sul, anfitriã da próxima edição.
O evento acontece no recém-reformado MAM, um ícone cultural às margens da Baía de Guanabara. Com um investimento de R$ 40 milhões, o espaço foi adaptado para receber os 58 líderes ao redor de uma mesa central que simboliza a continuidade das presidências: Brasil ao lado da Índia, sede anterior, e da África do Sul, sucessora no comando do G20.
A cúpula deste ano reafirma o papel do G20 como um fórum crucial para a discussão de temas globais e destaca a importância de decisões colaborativas para enfrentar os desafios do século XXI.