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Mais de 40% das compras de imóveis são para investir

Mais de 40% das compras de imóveis são para investir

Investimento no setor imobiliário está entre as opções mais rentáveis para os brasileiros

Investir em imóveis está entre as opções mais rentáveis no Brasil. Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) sobre os ganhos obtidos com investimentos entre 2012 e 2022, o rendimento anual dos imóveis chegou a 12,2%, superando o Certificado de Depósito Bancário (CDB), com 8,6%.

A Abrainc ressalta que o investimento em imóveis sofre menos impacto nas crises econômicas e, por isso, é considerado uma opção segura. Além disso, os constantes cortes na taxa básica de juros Selic tornam ainda mais favorável a aquisição de uma propriedade, visto que as taxas de financiamento ficam mais acessíveis. Os juros baixos atraem compradores em diferentes modalidades, das mais tradicionais aos leilões de imóveis.

De acordo com a Pesquisa Raio-X FipeZAP, realizada em abril, a compra de imóveis para investir atingiu 42% nos últimos 12 meses. Entre os aspectos que tornam casas, apartamentos e outras unidades uma alternativa para investimento estão a segurança e o lucro. O interesse no setor imobiliário para obtenção de renda com aluguel alcançou 71% das transações.

A indústria de fundos de investimentos imobiliários (FIIs) também atrai cada vez mais investidores na Bolsa de Valores (B3). No Brasil, esse tipo de investimento cresce, em média, 15% ao ano. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e somavam 943 fundos até março.

 

Potencial de valorização é critério para escolha do imóvel

O mercado financeiro possui ciclos, entre eles a recuperação e o excesso de ofertas. A Anbima alerta que todo investimento implica riscos e, por isso, é comum haver dúvida sobre o momento certo para investir. Estar atento ao potencial de valorização é importante para realizar a escolha do imóvel.

Para isso, é aconselhável avaliar as características do imóvel, como tamanho e qualidade dos acabamentos, observar o entorno e o potencial de crescimento da região. O desenvolvimento econômico do local – seja por meio de empreendimentos comerciais, mobilidade urbana ou obras de infraestrutura – tende a valorizar a propriedade.

As orientações não se restringem aos imóveis prontos. Aqueles que estão na planta podem passar pelo processo de valorização ainda na fase de construção. Neste caso, o reajuste acompanha o Índice Nacional de Custos da Construção Civil (INCC), que mostra o percentual de aumento dos custos de construção e envolve a correção de valores de materiais e mão de obra. Além disso, o setor imobiliário também pode aumentar os preços de acordo com a oferta e a demanda.

 

Leilão de imóveis pode ser alternativa para investidores

Participar de leilões judiciais, quando o imóvel é leiloado por ordem judicial, ou extrajudiciais, quando o proprietário decide leiloar, pode ser uma oportunidade para arrematar bens com preços mais acessíveis em comparação com o mercado tradicional.

Além dos juros mais baixos tornarem a opção vantajosa para o bolso, já que empréstimos e financiamentos estão mais baratos, muitos leilões ocorrem remotamente, o que facilita o acesso. Para isso, basta filtrar a pesquisa na internet pela região de interesse, usando termos como “leilão de imóvel no Ceará”, “leilão imobiliário na Bahia” ou “leilão de imóveis em São Paulo”.

Podem participar dos leilões pessoas físicas com, pelo menos, 18 anos, e jurídicas que não tenham nome negativado ou restrições cadastrais. A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) ressalta a importância de realizar um planejamento financeiro para a aquisição.

Também é aconselhável avaliar as condições de conservação do imóvel e ter atenção à documentação exigida. Outra orientação da Abefin é sobre a necessidade de uma pesquisa  detalhada sobre a localização, as taxas e os custos envolvidos. Dessa forma, pode ser interessante visitar a propriedade antes de efetuar a compra.

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