*Por Leonardo Azevedo
Algumas pautas ganharam bastante destaque pelo mundo nos últimos anos, tanto na esfera civil quanto no segmento corporativo. Na seara dos negócios, por exemplo, iniciativas ESG já são uma realidade implementada em diversas instituições, do primeiro ao terceiro setor. Sigla em inglês para Environmental, Social, and Governance (Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa), o ESG é um conjunto de padrões e boas práticas de gestão que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Trata-se de uma forma de medir o desempenho de sustentabilidade de uma organização.
De acordo com uma pesquisa recente conduzida por uma parceria entre o Google, MindMiners e Sistema B, 87% dos entrevistados disseram que a atuação das marcas em relação ao tema ESG é bastante relevante. Além disso, segundo a pesquisa ESG Radar 2023, os investimentos nessa pauta devem chegar a US$ 53 trilhões (mais de R$ 265 trilhões) até 2025. Com tamanho crescimento dos temas relacionados à sustentabilidade no mundo, é natural que o mercado imobiliário também tenha dado atenção às inúmeras possibilidades que o tema gera.
O setor vem adotando ao longo dos últimos anos diversas estratégias na gestão dos negócios para que seja proporcionado um maior bem-estar, sustentabilidade e qualidade de vida aos clientes. Entre as principais mudanças recentes, pode ser citada o crescente emprego de materiais reciclados, a utilização de energia solar, bem como a implementação de sistemas de reutilização de água. Além disso, empreendimentos imobiliários investem cada vez mais em certificações independentes, elementos essenciais para garantir que um projeto imobiliário seja desenvolvido de acordo com os melhores padrões de sustentabilidade. Por meio da implementação das certificações adequadas, é possível acompanhar o progresso do empreendimento desde o início da obra e analisar continuamente sua conformidade em relação às exigências ambientais.
Para o desenvolvimento das construções, um dos objetivos é maximizar o uso de materiais sustentáveis. Esses elementos servirão, por exemplo, como instrumentos de conforto térmico, evitando a perda de calor no inverno e minimizando o aquecimento excessivo no verão. Da mesma forma, exploram-se oportunidades de otimização do uso de energia com maior incidência de luz solar. Madeira certificada FSC e painéis de fibra de coco e bambu são alguns exemplos de materiais sustentáveis que podem ser utilizados na construção. Outra ação relevante que pode ser implementada em empreendimentos imobiliários com foco na redução do impacto ambiental é a adoção da energia solar. Essa estratégia pode ser usada tanto para aquecer a água como para iluminar ambientes internos e externos, além de gerar energia elétrica para todo o edifício. É importante lembrar que conscientizar moradores e facilitar o acesso destes a práticas sustentáveis também é uma importante medida, que pode tomar forma por meio da instalação de carregadores para veículos elétricos, cada vez mais comuns, por exemplo.
Por meio do aumento da consciência ambiental dos indivíduos, é possível construir novas alternativas e reduzir custos condominiais, uma preocupação bem relevante dos proprietários de imóveis. Para que os valores sejam menores, os condôminos podem optar pela instalação de painéis solares para redução na conta de energia, pelo uso de lâmpadas LED e outras tecnologias de iluminação eficientes em economia, bem como verificar constantemente os dispositivos hídricos para evitar o desperdício de água. Sustentabilidade é uma pauta em que todos podem estar envolvidos, seja em menor ou maior grau, e o mercado imobiliário participa cada vez mais do tema para que seja possível oferecer bem-estar aos moradores com o menor impacto negativo ao meio ambiente.
*Leonardo Azevedo é co-fundador da Apê11, plataforma digital de compra e venda de imóveis.
Sobre a Apê11
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