Mês do Podcast: a mídia que pode fazer com que sua marca tenha voz no mercado
Com aumento de 28% no consumo, especialista aponta programas de podcast como um meio promissor para que as empresas trabalhem sua comunicação
Para celebrar as produções brasileiras, no dia 21 de outubro é comemorado o Dia do Podcast no Brasil. O país, que já lidera o ranking de consumo na América Latina, registrou um aumento de 28% no consumo e um crescimento de 36% na produção desses programas segundo dados do Spotify de 2023. Além de prender a atenção dos brasileiros por uma média de 7,5 horas por semana, o podcast se mostrou uma mídia em ascensão e que deve estar no radar para se tornar o canal de comunicação das empresas. É o que diz Marcio Brant, CEO e Fundador da Wepod, a maior produtora especializada em podcasts corporativos do Brasil.
Segundo o especialista, muitas novidades cercam o mercado de podcasts, mas saber utilizar essa mídia como um meio e não fim é o segredo para que as marcas possam extrair o que o canal tem de melhor. Com mais de 20 anos de experiência em audiovisual, o executivo não acredita na estagnação dessa mídia e reforça que as empresas devem solidificar a reputação e criar comunidades digitais a partir do investimento em podcasts que sejam voltados para seus segmentos. Foi dessa forma que hoje, a Wepod tem mais de 80 podcasts publicados e 40 programas ativos reverberando a mensagem chave das companhias parceiras.
“Em uma realidade em que as pessoas leem cada vez menos, e ouvem e assistem cada vez mais, a única coisa que as empresas não param de fazer em plena crise é falar do seu produto. Hoje, entendemos esse contexto, por isso acredito que um canal com audiência é a melhor forma das organizações se comunicarem e potencializarem seus negócios. E, dentro dessa lógica, o podcast é um meio para cumprir essa meta, não o fim em si”, diz Brant.
Uma marca que já conquistou seu espaço e tem voz no mercado de podcasts é a Alura, que investe nessa mídia desde 2016, possui 4 programas no ar e mais de 400 episódios produzidos para falar com diversos públicos. O podcast Dev Sem Fronteiras é sobre profissionais que saíram do Brasil para conquistar o mundo, já o Like a Boss conversa com líderes e fundadores de startups e empresas inovadoras para conhecer suas decisões e como trabalham, e o Hipsters Ponto Tech, que é o maior podcast de tecnologia do Brasil, traz discussões sobre programação, design, startups e as notícias mais quentes do setor. Sucesso que se garante com planejamento e recorrência e que construiu uma comunidade que já rendeu mais de 3 milhões de streamings.
“O nome do seu podcast não deve se limitar ao nome da ‘sua empresa cas’t’, isso tem que vir de forma mais ampla para conquistar audiência do seu nicho, se não o podcast vai ser escutado somente por quem já é cliente, e essa audiência já é garantida. Por isso deve ser mais convidativo para a comunidade, esse é o grande ponto. É importante saber trabalhar corretamente com cada canal”, afirma Paulo Silveira, CEO e cofundador da Alura.
Inovações no radar
Em parceria com a OpenAI, laboratório de pesquisa em Inteligência Artificial, o Spotify vai clonar as vozes dos podcasters para traduzi-las para diversos idiomas, permitindo a internacionalização dos programas. Ferramentas baseadas em IA já fazem parte do universo dos podcasts auxiliando na edição e criação de roteiros, além das transcrições automáticas de episódios, para que os ouvintes possam acompanhar por áudio e texto simultaneamente.
“A IA Generativa da OpenAI indicou que apresentações prolongadas, anúncios e patrocínios excessivos, qualidade de áudio ruim, comportamento do host desalinhado ao público alvo e falta de interação como os fatores que tornam um podcast ruim. As observações feitas pela ferramenta servem como um norte para que criadores se atentem em alguns pontos importantes que podem fazer a diferença no sucesso do podcast”, sinaliza Brant.
