Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Noites Fragmentadas: O Desafio da Insônia Comórbida com Apneia Obstrutiva do Sono

Noites Fragmentadas: O Desafio da Insônia Comórbida com Apneia Obstrutiva do Sono

*Por Alexandre Annibale

COMISA, sigla para Insônia Comórbida com Apneia Obstrutiva do Sono (OSA), é uma condição onde o indivíduo sofre simultaneamente de insônia e apneia obstrutiva do sono. Ambas as condições são comuns e podem ter um impacto significativo na qualidade de vida, mas quando ocorrem juntas, podem complicar o diagnóstico e o tratamento.

A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio em que a respiração é interrompida repetidamente durante o sono devido ao colapso parcial ou total das vias aéreas superiores. Isso leva a episódios de cessação da respiração (apneias) ou reduções significativas no fluxo de ar (hipopneias). Os sintomas incluem ronco alto, engasgos ou sufocamento durante o sono, e sonolência diurna excessiva.

Por outro lado, a insônia é caracterizada por dificuldade em adormecer, manter o sono ou acordar muito cedo e não conseguir voltar a dormir. Pessoas com insônia frequentemente experimentam fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade e redução do desempenho durante o dia.

Quando insônia e apneia obstrutiva do sono ocorrem juntas, a condição é denominada COMISA. A interação entre essas duas condições pode criar um ciclo vicioso: a apneia pode fragmentar o sono e despertar o indivíduo repetidamente, contribuindo para a insônia. Por outro lado, a insônia pode agravar a percepção de interrupções respiratórias e aumentar o desconforto durante o sono.

A COMISA pode levar a uma série de consequências negativas para a saúde, incluindo diminuição da qualidade de vida, fadiga crônica, redução da qualidade de vida e aumento do risco de acidentes. Ambas as condições estão associadas a um risco aumentado de hipertensão, doenças cardíacas e derrames, além de condições de saúde mental, como depressão e ansiedade.

O diagnóstico geralmente envolve uma avaliação detalhada do histórico de sono do paciente, questionários específicos e estudos de sono, como a polissonografia, que pode ajudar a identificar episódios de apneia e avaliar a arquitetura do sono.

O tratamento pode ser complexo e pode incluir aparelho de avanço mandibular, CPAP, terapia posicional, fonoterapia e TCCI (terapia cognitivo comportamental para insônia). Sempre lembrando que nesses casos, o tratamento é multiprofissional.

*Alexandre Annibale é cirurgião dentista, especialista em ortodontia, capacitado em odontologia do sono e doutorando pelo laboratório do sono do InCor, da Faculdade de Medicina da USP.

Rua Estados Unidos 628 (Jardim Paulista), São Paulo, SP

Total
0
Share

Conteúdo Protegido