Rebeca Andrade Conquista Medalha de Prata no Individual Geral Feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Rebeca Andrade reafirmou seu lugar na elite da ginástica artística mundial ao conquistar a medalha de prata no individual geral feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A ginasta brasileira, de 24 anos, terminou a competição atrás apenas da norte-americana Simone Biles, após uma disputa acirrada na Arena Barcy, em Paris.
A Consagração de uma Campeã
Com a medalha de prata, Rebeca Andrade se tornou a mulher brasileira mais condecorada na história dos Jogos Olímpicos. Esta foi sua quarta medalha olímpica, somando-se ao ouro e à prata obtidos em Tóquio 2020 e ao bronze por equipes conquistado em Paris. Sua performance não apenas solidifica sua posição como uma das maiores atletas do país, mas também inspira uma nova geração de ginastas.
“É uma honra, eu me sinto privilegiada. Diante de tantas coisas que poderiam acontecer e de tantas pessoas que poderiam ter sido escolhidas, para estar aqui, eu estou aqui. Então é uma honra gigantesca fazer parte da porcentagem de mulheres que está vencendo cada vez mais. É incrível poder trazer mais um resultado para o meu esporte e para o meu país,” declarou Rebeca à TV Globo.
Próximos Desafios
Rebeca ainda tem mais três finais pela frente nos Jogos Olímpicos de Paris. Ela competirá nas finais do salto, da trave junto com a compatriota Júlia Soares e do solo. A decisão do salto ocorrerá neste sábado às 11h20 (horário de Brasília), enquanto as finais da trave e do solo serão na segunda-feira, 5 de agosto, às 7h38 e 9h23, respectivamente.
Questionada sobre a possibilidade de se tornar a maior medalhista olímpica do Brasil, Rebeca foi modesta, mas determinada. “Ah, eu penso, não vou mentir não (risos). Quero estar no pódio, mas isso é consequência. Para estar lá, tenho que fazer a minha parte. Esse é o foco,” destacou.
Apoio Familiar e Espírito Esportivo
Rebeca comentou emocionada sobre a presença de sua mãe em todas as suas apresentações nos Jogos até agora. “É muito bom, porque eu sempre quero orgulhar a minha mãe (risos). Eu sei que ela sente orgulho de mim comigo fazendo qualquer coisa, mas eu vivo a ginástica. Isso aqui é a minha vida, então ela estar me assistindo e torcendo por mim é maravilhoso. Ela é a melhor pessoa que poderia estar aqui, então me orgulho de ter feito tudo certo (risos),” afirmou.
A ginasta também falou sobre a saudável competição com suas adversárias, incluindo Simone Biles e Sunisa Lee, medalhistas de ouro e bronze, respectivamente. “É uma briga né, todo mundo quer vencer, todo mundo quer estar no pódio. Mas é muito legal saber que, por mais que você queira vencer, as outras também estão torcendo por você, e você também torce por elas. Acho que o esporte é isso: é levantar a pessoa que está ali do seu lado, mas também não perder o seu, estar concentrada ali no seu. Acho que o meu grupo foi sensacional, a gente se ajudou bastante na torcida e foi demais. Está sendo a primeira competição onde eu consigo assistir todas as meninas. Estou vivendo Paris, aproveitando cada momento, e está sendo demais,” concluiu.
Flávia Saraiva Celebra o Sucesso de Rebeca
Flávia Saraiva, companheira de equipe de Rebeca, também competiu na final do individual geral feminino e terminou na nona colocação. Ela elogiou a performance de Rebeca e destacou a importância de sua conquista. “Fico muito feliz de poder estar aqui e de estar nesse momento incrível com a Rebeca fazendo uma ótima competição. Eu acompanhei a todo momento ali, porque é isso. Eu treino junto com ela, eu amo muito ela, e sei o quanto ela trabalhou para estar aqui, entre as melhores do mundo. Vê-la fazer o melhor trabalho dela é incrível, eu me sinto como uma medalhista junto com ela, porque eu sei o quanto ela trabalhou e ela merece muito isso. É prata? É prata, mas vale ouro, porque essa menina é muito guerreira,” comemorou.
Flávia também destacou a resiliência de Rebeca, que superou três cirurgias de ligamento cruzado para se tornar uma das melhores do mundo. “É um orgulho muito grande ter a Rebeca como representante da ginástica brasileira. Não tenho nem palavras para falar, porque romper três ligamentos cruzados não é para qualquer um. Eu fiz duas cirurgias no tornozelo e sei como foi difícil para eu poder voltar a treinar. A Rebeca é uma menina incrível, com um talento enorme e que trabalha duro, e agora está colhendo os frutos,” finalizou Flavinha.
Rebeca Andrade continua a fazer história e a inspirar com suas conquistas e determinação. Sua trajetória nos Jogos Olímpicos de Paris ainda não terminou, e o Brasil acompanha com expectativa as próximas competições, torcendo por mais medalhas e celebrações.