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Investindo em Longevidade: ESG para um Envelhecimento Saudável

Investindo em Longevidade: ESG para um Envelhecimento Saudável

*Por Fabiana Almeida

Nos últimos anos, a abordagem ESG (Ambiental, Social e Governança) tem sido reconhecida pelo seu esforço junto às corporações, na transformação positiva do meio ambiente, da sociedade e da gestão dos negócios. No entanto, com o envelhecimento populacional mundial, acelerado em países como o Brasil, um novo olhar para a integralidade do ESG tem despertado para além das questões como redução de emissão de carbono e responsabilidade social corporativa, incluindo o envelhecimento ativo e significativo, como vital para orientar as práticas empresariais responsáveis e sustentáveis.

A designação como Década do Envelhecimento Saudável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) não se trata de um símbolo, mas de um chamado à ação. É necessário redefinir as prioridades, reconhecer o bem-estar e qualidade de vida na longevidade como parte fundamental do desenvolvimento humano sustentável. O envelhecimento saudável não é uma questão individual; mas uma responsabilidade coletiva, que afeta a sociedade como um todo.

Como tal, faz todo sentido que esta temática componha a agenda ESG e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, além de questões essenciais como erradicação da pobreza, igualdade de gênero e governança responsável. É fundamental reconhecer que a promoção do envelhecimento ativo desempenha um papel crucial na realização da sustentabilidade humana e do planeta.

Segundo Larry Fink, CEO do gigantesco fundo americano BlackRock em sua a esperada carta para fundos de investimento, um reposicionamento da tese ESG para 2024 deve considerar a aposentadoria planejada e ativa como centro da sua preocupação, trazendo à tona a reflexão sobre a responsabilidade social em estruturar o envelhecimento populacional para a longevidade e autonomia.

Neste sentido, investir em programas de saúde preventiva para idosos não só contribui para o ODS relacionado à saúde e ao bem-estar (ODS 3), mas também tem um impacto direto na erradicação da pobreza (ODS 1). Isso ocorre porque o envelhecimento saudável pode reduzir significativamente os custos associados ao tratamento de doenças crônicas, aliviando assim o fardo financeiro sobre os idosos e suas famílias.

Além disso, a promoção de ambientes de trabalho inclusivos e acessíveis para pessoas de todas as idades não apenas cumpre o ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico), mas também contribui para a redução das desigualdades de gênero e etária (ODS 10). Ao garantir que os idosos tenham oportunidades iguais e ambientes preparados para suas necessidades especiais, para que possam participar da força de trabalho e tenham acesso à benefícios adequados, Larry Fink e o reposicionamento da pauta ESG, podem auxiliar na construção de uma sociedade mais equitativa e justa para todos.

Para o verdadeiro integrar do envelhecimento ativo na agenda ESG, cumprindo os ODS, é necessário contemplar uma abordagem holística da promoção do bem-estar e autonomia financeira, desde a vida jovem e ativa, até a colheita dos bons frutos da longevidade saudável. Na prática, esse planejamento e execução ESG para uma sociedade longeva e saudável, é complexo. Significa investir e estruturar pesquisa e desenvolvimento para abordagens inovadoras de qualidade de vida, criar comunidades e espaços públicos interativos e integrativos para a população idosa, implementar políticas governamentais e comprometimento empresarial privado com ações efetivas da transformação da vida e do planeta com o olhar para todas as fases da vida.

Para falarmos de ESG incluindo a longevidade populacional ativa, não se trata apenas de contemplar as energias renováveis e responsabilidade social corporativa. A pauta precisa ampliar para o real investimento nas pessoas, aceitando que elas são a força motriz da sociedade. É necessário integrar os ODS às práticas ESG para promoção da longevidade humana, numa versão mais madura sobre futuro sustentável. Com essa visão ESG 4.0, podemos construir as capacidades necessárias para que o futuro garanta à humanidade a oportunidade de viver vidas longas, autônomas e significativas.

*Fabiana Almeida é CEO e Fundadora da TechBalance, startup focada na prevenção de quedas e lesões por meio da tecnologia

Sobre a TechBalance
A TechBalance é uma gestora de pacientes que avalia e monitora a saúde física e motora para uma vida longa e ativa. A empresa acredita que a prevenção é a maneira mais eficiente de cuidar das pessoas e com a sua tecnologia busca refletir isso ao prevenir riscos e economizar recursos de empresas das áreas de saúde e de esportes.

Al. Lorena 427 (Cidade Jardim), São Paulo, SP

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